Faleceu na noite de Sábado(25) Maroca, uma das três ceguinhas de Campina
Faleceu
no inicio da noite desse sábado no Hospital de Trauma de Campina
Grande, Maria das Neves Barbosa, Maroca, uma das três irmas cegas de
Campina Grande. Ela ia completar 72 anos agora em 2017.
As primeiras
informação dão conta que Maroca teria dado entrada naquela casa
hospitalar no ultimo dia 21 com sintomas de AVC (Acidente Vascular
Cerebral) e não resistiu a gravidade do problema.
Maroca fazia parte de uma família de três irmãs que ficaram
conhecidas como as Ceguinhas de Campina Grande (ou Irmãs Cantoras de
Campina Grande) um trio formado pelas irmãs Indaiá (Francisca Conceição
Barbosa, nascida em 1950), Maroca (Maria das Neves Barbosa, 1945) e
Poroca (Regina Barbosa, 1944), todas naturais de Campina Grande.
Cegas de nascença, as três trabalharam na lavoura desde crianças.
Eram alugadas como mão de obra temporária pelo próprio pai, que era
alcoólatra. Quando Indaiá tinha 7 anos, o seu pai morreu. As três irmãs
passaram a se apresentar então nas ruas de Campina Grande, cantando
emboladas e tocando ganzá. Com as doações que recebiam, sustentavam 14
parentes.
O repertório do trio aos poucos passou a incluir cantigas, cocos e
outras formas do cancioneiro nordestino, que as irmãs reprocessaram com
acréscimo de improvisos. Em 1997, foram levadas pelo cineasta Roberto
Berliner para uma participação no programa Som da rua, da TVE. Em
seguida, Berliner utilizou as gravações feitas para o priograma para
montar o documentário de curta-metragem A pessoa é para o que nasce
(1998).
O sucesso do curta, eleito o melhor da categoria no É Tudo Verdade
de 1999, levou a um convite para participar do festival de percussão
Percpan de 2000, em Salvador. O grupo recebeu elogios de Naná
Vasconcelos e Otto, além de ser homenagedo numa composição de Gilberto
Gil.
Em 2004, Berliner lançou a versão em longa-metragem do seu
documentário. No mesmo ano as três irmãs receberam a Ordem do Mérito
Cultural.
Em 2011 as ceguinhas estiveram no Festival de Cultura Popular
juntamente com Zabé da Loca em uma grande apresentação em Monteiro e foi
descrito por muitos como um marco cultural.
Há 13 anos, as ‘ceguinhas de Campina Grande’ tornavam-se conhecidas
em todo o Brasil após o lançamento do filme ‘A pessoa é para o que
nasce’, de direção de Roberto Berliner. Porém, a empolgação durou pouco
tempo. Mais de uma década depois, as irmãs Poroca, Maroca e Indaiá,
relatam o esquecimento do público após terem rodado o país com shows e
tocado com grandes personalidades da música, como o baiano Gilberto Gil,
por exemplo. Hoje, elas vivem em uma casa no bairro do Catolé, em
Campina Grande, na Paraíba, recebendo cuidados de uma conhecida.
A família ainda não informou o local o sepultamento.
Fonte: Tv cariri
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